Diferente do aparelho mais
conhecido usado para a ultrassonografia abdominal, o equipamento para realizar
o ultrassom
dos olhos tem características próprias para os
fins oftalmológicos. Com formato parecido com o de uma grande caneta, são dois
transdutores (parte que fica em contato com o corpo do paciente) para dois fins
diferentes: um para avaliar a parte posterior do olho e outro para a parte anterior.
Entenda como eles funcionam.
Como é feito
O exame posterior da ultrassonografia
dos olhos é, em
geral, feito com o paciente de olhos fechados. É aplicado colírio anestésico e
um pouco de gel sobre a pálpebra, por onde o transdutor desliza enquanto o
médico avalia as imagens dos olhos na tela.
Já para o anterior, os olhos costumam ficar
abertos. “A sonda não pode ser coberta para que não prejudique a imagem, mas é
preciso coloca-la dentro de líquido para que a onda sonora se propague. E
então, como colocar líquido na frente da córnea?Aplica-se colírio anestésico e
uma cuba entre as pálpebras. Com os olhos banhados em soro fisiológico, a sonda
fica em contato com o soro e não encosta diretamente no olho”.
Não é um
procedimento doloroso, mas caso os olhos já estejam sensíveis, é possível
sentir um incômodo. O posterior costuma durar cerca de 15 minutos, enquanto o
anterior tem duração que varia de 6 a 10 minutos, dependendo do caso.
O que pode detectar
Ultrassom ocular posterior – Avalia catarata, músculos retro
oculares inchados, inflamação ou descolamento de retina e resultados de
cirurgia de retina ou catarata. Com isso, o médico poderá ter dimensão do
problema e planejar o tratamento necessário. É feito com frequência em bebês para
averiguar o tamanho dos olhos na saída da maternidade.
Ultrassom ocular anterior – Possibilita enxergar lesões ou
tumores na íris e na córnea. Também pode ser feito em crianças, quando
apresentam manchas brancas na córnea, cisto na íris ou malformação do segmento
anterior, que precise de transplante de córnea. Contudo, é mais comum em
adultos para avaliar cistos, tumores de íris, corpo ciliar, profundidade de
cicatrizes da córnea e cirurgia de glaucoma.
Contraindicações
Não deve fazer o exame quem estiver
com o olho perfurado. “Isso acontece quando o trauma é recente ou se o
transplante de córnea, por exemplo, ocasionou uma abertura na estrutura
ocular”,
Casos de dor excessiva também podem evitar o
procedimento. Nessa situação, o paciente deve ser submetido à medicação e fazer
um exame sem contato, como a ressonância, para fazer o ultrassom apenas
quando a dor passar. Quem tem doenças infecciosas, como conjuntivite, precisa
que a sonda seja protegida para não disseminar o problema.
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